quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Ninguém confia em LeBron

Exatamente. Ninguém confia em LeBron James.

Pelo menos é essa a conclusão que pode ser feita a partir de uma pesquisa realizada pela revista ESPN, dos Estados Unidos, deste mês de outubro.

A publicação norte americana fez uma enquete com 26 jogadores da NBA para que – sob a condição de anonimato – eles pudessem falar suas verdadeiras impressões sobre o astro do Miami Heat.

Revista ESPN de outubro, com James na capa
Entre as oito perguntas feitas, a que teve o resultado mais espantoso foi a seguinte: “No estouro do cronometro, com a vitória em jogo, em quem você confiaria o arremesso final: Michael Jordan, Kobe Bryant ou LeBron James?” Tudo bem, a concorrência é dura, mas dos 26 questionados, nenhum escolheu o King James!  Foram 88% dos votos destinados à estrela do Chicago Bulls e 12% para o craque do Los Angeles Lakers.

O percentual apresentado nas outras questões também não foi nada animador para os fãs de James. Quando questionados se, ao final de sua carreira, LeBron seria considerado o melhor jogador da história da NBA, apenas 23% dos jogadores acreditaram que sim.

Os 26 atletas também foram perguntados se aceitariam receber apenas metade de seus salários para poderem jogar no mesmo time que a estrela do Heat. 85% deles responderam que não topariam a condição, enquanto que apenas 15% fariam o “sacrifício” para ter LeBron do mesmo lado da quadra.

Além disso, quase metade dos secretos entrevistados acredita que o ala ‘cava’ faltas. 46% deles responderam ser verdadeira a afirmação de que James é um ‘flopper’, ou seja, um jogador que se joga sob qualquer contato, buscando enganar a arbitragem e, assim, conquistar uma falta.

Enfim, a declaração que melhor resume a falta de confiança dos jogadores da liga em LeBron James veio de um atleta que, segundo a ESPN, é uma estrela da conferência Leste. “Eu amo LeBron. Ele é um cara legal e um grande jogador, mas eu também entendo porque as pessoas não gostam dele. Ele não mostrou lealdade ao Cleveland, e sua decisão [de trocar os Cavaliers pelo Heat] foi terrível. Então, eu não sei o que pensar”, disse.

Outras declarações

Porém, nem todas as declarações foram tão pesadas para o jogador de Miami. Um ex-companheiro de James afirmou não saber se ele será capaz de atingir Michael Jordan no número de títulos (Jordan tem seis anéis, contra dois de James), mas que “ele vai ser top 10 em pontos, rebotes, assistências, tocos e desarmes quando sua carreira acabar. Por isso, você tem que considerar LeBron o maior de todos”.

Infográfico da ESPN sobre LeBron 
Já um ala da conferência Oeste explicou as razões que fizeram o astro deixar o Cleveland Cavaliers para atuar em Miami. “Eu entendo que os fãs ficaram com seus corações partidos e que ele era um garoto da cidade. Mas quem mais nesse mundo não aceitaria um trabalho onde você tenha o melhor ambiente possível para ser bem sucedido?”, questionou.

Para terminar, outro jogador, este com 10 anos de carreira na liga, mostrou entender o porque LeBron tem fama de ‘cai-cai’. “Sim, ele cava faltas. Talvez seja o principal na liga nesse aspecto. Mas ele está fazendo exatamente o que qualquer um que recebe um contato faria. Porque você não tentaria obter faltar se você puder?”, disse.

Demais perguntas

Para completar a série de questões referentes à LeBron James, a revista americana perguntou qual jogador seria o ideal para marcar o astro. O mais bem cotado foi o ala-armador Paul George, do Indiana Pacers, com 25% das escolhas. Atrás dele vieram Metta World Peace (New York Knicks), com 18%, e Kobe Bryant (Los Angeles Lakers), com 14% dos votos.

71% dos atletas que participaram da enquete disseram que, ao final desta temporada, quando LeBron estará livre para assinar com qualquer equipe, ele permanecerá no Miami Heat. Outros 25% acreditam em um retorno à Cleveland, enquanto que apenas 4% elegeram os Lakers como sua futura franquia. 

Metade dos participantes também afirmaram que James conseguiria conquistar um título se permanecesse no Cleveland Cavaliers, e, por fim, disseram que 58% das habilidades do astro são provenientes de seu talento natural, contra 42% de trabalho duro.

Que LeBron James já tem seu espaço garantido na galeria das estrelas da NBA, é incontestável. Mas, além disso, também é impossível contestar que ele desperta polêmicas e opiniões diversas fora das quadras, na mesma proporção que impressiona por suas jogadas realizadas dentro delas. LeBron é uma estrela, mas ninguém confia nela. 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Um ponto de esperança em meio à Cracolândia

Por Guilherme Uchoa

As histórias de três homens que, de origens distintas, e depois de quase perderam suas vidas para as drogas, tentam servir de exemplo para a superação de viciados na Cracolândia

É uma manhã de terça-feira fria no mês de julho, feriado em São Paulo, e a maior parte dos comércios do bairro Campos Elíseos está fechada. Mas na altura do número 509 da Alameda Barão de Piracicaba, o movimento é constante. O vai-e-vêm é formado por moradores de rua enrolados em peças de roupas gastas e cobertores igualmente velhos, em busca de um prato de comida e/ou oportunidade de tomar um banho.

O local em questão, quase um oásis em meio ao deserto de pobreza que assola a região, é conhecido como Cristolândia – referência ao apelido pelo qual aquela área paulista é denominada por conta do grande número de usuários de crack: a Cracolândia.

Para chegar à unidade da Cristolândia é preciso percorrer os 10, 15 minutos de distância, desde a estação da Luz de metrô, com os olhos atentos, já que o percurso não é nada convidativo. Em um curto espaço percorrido é possível ver três bases da Polícia Militar, um terreno baldio que é utilizado por crianças do bairro como área de lazer (a bola de futebol e as traves armadas dividem espaço com pipas), incontáveis moradores de rua, o cheiro forte de urina, lixo e entulhos espalhados pelas calçadas, além de, é claro, o enorme receio de uma abordagem agressiva por parte de algum usuário de entorpecentes.

Quando finalmente a residência é encontrada, por volta das 10h30, os preparativos para o culto pré-almoço estão sendo feitos. O projeto, mantido pela Igreja Batista, e que foi criado em 2009, conta atualmente com 400 dependentes químicos internados nos seis centros de recuperação no Estado de São Paulo – nas cidades de Itaquaquecetuba, Bauru, Cajobí, Pedra Bela, Mauá e a própria unidade da capital – e nas demais unidades da Cristolândia espalhadas pelo Brasil, como Rio de Janeiro, Espírito Santo, Recife, Rondônia, Brasília e Minas Gerais.

Além disso, são oferecidas 1.900 refeições por dia para os desabrigados e aproximadamente 4.000 pessoas já foram retiradas das ruas pela iniciativa.

As estatísticas são enumeradas pelo Pastor Humberto Machado, responsável pela criação dessas atividades em São Paulo. Ele conta que sua igreja teve como ideia inicial o desenvolvimento de um projeto chamado “Radical Brasil”, que teria como função converter os moradores de rua dos bairros pobres da cidade.

Entretanto, segundo Machado, ele percebeu que a principal necessidade dos dependentes químicos era de um lugar para que pudessem permanecer longe das drogas. “Entendi que nas ruas da Cracolândia eu não tinha que evangelizar porque a maioria deles já era evangelizada”, conta. “Daí, surgiu a ideia de tirar esse povo das ruas e então, criamos a Cristolândia”, explica.
Os “alunos” – como os voluntários do projeto preferem chamar os internados – moram nos fundos da residência e trabalham com quaisquer atividades relacionadas ao local.

Ainda segundo Humberto Machado, a falta de lugares apropriados para realizar internações faz com que os viciados retornem para as ruas. “Eles [dependentes] querem sair [do vício e das ruas]. Agora não tem lugar suficiente, pois tem muita gente. Existe o interesse, mas falta lugar”, lamenta. “Como não tem, eles acabam voltando para as ruas. É a única solução deles, né? As ruas”, conclui.

E é justamente das ruas que começam a vir os usuários de drogas que vão tomando conta do salão onde o almoço será servido. Um deles se aproxima do repórter, talvez imaginando que fosse um dos voluntários da casa, e pergunta se o almoço será servido. Imediatamente, o morador de rua é tranquilizado por um colega: “vai ter sim”.

Um pouco mais distante sentados em volta de uma mesa de plástico redonda, estão dois missionários ao lado de um homem de olhar perdido. Este foi levado para a Cristolândia pelos pais, que pretendem interná-lo. Após o preenchimento de algumas papeladas e alguns minutos de conversa, a mãe despede-se do filho com um beijo na cabeça, deixando-o aos cuidados de voluntários.

Próximo do meio dia tem inicio o curto culto que estava programado, com cerca de 70 pessoas sentadas diante de um púlpito. No publico, composto por desabrigados maltrapilhos, alguns até descalços, exalando forte cheiro, há quem não esteja interessado nas palavras proferidas e aproveite o tempo para cochilar. Também há os que respondem com risadas irônicas às perguntas e afirmações feitas pelo jovem missionário que segura o microfone.

Uma das missionárias do projeto confessa que alguns viciados chegam à residência de manhã para tomar banho e comer o café da manhã oferecido, voltam para as ruas onde fazem uso de mais drogas, e então retornam na parte da tarde para almoçar.

Mas também há aqueles que acompanham atentamente o sermão. Enquanto o missionário que prega o culto usa de metáforas e citações bíblicas para convencer sua plateia de que são capazes de superar o vício e recomeçar suas vidas, parte dos ouvintes demonstra concordar com as palavras e aderem à oração de encerramento que o jovem convoca.

Do fundo do salão um senhor de muletas não consegue se levantar para participar da reza, mas ergue os braços e fecha os olhos em sinal de respeito.

A partir de então, distribuindo os presentes em mesas com cinco pessoas cada, o aguardado almoço é servido.

Mas é em uma salinha minúscula, anexa ao pátio, abarrotada com mais mesas e cadeiras de plástico do que o recomendado para tão poucos metros quadrados, que serve de confessionário. É ali que Carlos Alberto do Santos Lima, ou apenas “Betão”, de 53 anos, emociona-se e deixa escapar algumas lágrimas ao rememorar as mudanças de curso que sua vida teve em função das drogas.

O baiano natural de Salvador afirma que largou o vício em 1984, apesar de assumir que teve “algumas escorregadinhas” depois desse período.

“Tudo”, entretanto, “muito rápido!”, apressa-se em garantir.

Betão é um homem alto, magro, de presença marcante e pele morena. O cabelo curto e um pouco grisalho disfarçam os mais de meio século de idade, mas as mãos e roupas sujas de tinta evidenciam sua atual função na casa: “Agora sou pintor, mas faço um pouco de tudo. Já fui cozinheiro, segurança da casa, de tudo um pouco”, conta.

Dono de uma fala mansa e pausada, Carlos Alberto conta que com oito anos de idade perdeu a mãe e ficou aos cuidados das tias. Os maus tratos delas fizeram com que ele optasse por viver nas ruas de Salvador, onde teve o primeiro contato com as drogas.

“Com 13 anos eu já tava cometendo determinados furtos. Furtos leves, como entrar em supermercado para pegar um pacote de biscoito ou pilhas, pra vender. No meio disso tudo, tive o primeiro contato com a maconha”, lembra. “Na primeira vez que fumei, achei uma coisa inusitada, muito legal”, conta.

Depois de alguns anos, o baiano acabou detido. “Com 17 anos eu ‘puxei’ a primeira cadeia. Era uma cadeia correcional. Tinha feito um arrombamento no carro de um coronel e peguei a pistola dele, uma colt 45, e acabaram me levando para um presídio chamado de “Pedra Preta”, relembra.

“Lá, eu passei de 10 meses para um ano e aprendi outras modalidades de furto, como ‘lance’, ‘arrombamento’, ‘entradinha’, que é quando a pessoa deixa a janela aberta, você entra e pega os objetos. Quando eu vim acordar, querido, eu já estava todo envolvido na droga e no roubo”, afirma.

“Então eu comecei a me enveredar mais ainda nas drogas. Comecei a tomar remédio que ‘batia onda’, como a gente fala, usei tudo que você possa imaginar. Optalidon, Fluorinal, Mandrix, ácido, maconha, cocaína, “cheirinho da loló”, tudo que dizia que ‘botava lombra’, até desodorante eu cheirava. Quando não tinha nada, eu pegava mata-barata, que tem clorofórmio e benzina, e cheirava. Eu era um viciado crônico. Até gasolina eu já cheirei”, enumera.

“Também fui me aprofundando mais nas modalidades [de crimes]. A modalidade roubar carteira eu treinava de manha em um paletó, no bolso de uma calça, pra de tarde ir pros pontos de ônibus pra botar em prática aquilo que eu treinava”, prossegue.

Carlos Alberto voltaria a ser preso e ao sair, depois de dois anos encarcerado, tentou tirar a própria vida. “Eu sai [da cadeia] todo debilitado, sem perspectiva nenhuma de vida, porque é uma experiência horrível. Apoio de parente eu não tinha e não aguentava mais o sofrimento, então só me restava a morte. A morte, para mim, seria o ponto final da minha história”, relata, antes de explicar porque não seguiu com a medida. “Eu preparei um copo com veneno de rato, mas na hora de tomar, uma senhora chamada Dona Lúcia, minha vizinha, me chamou, deu um copo de café com leite e um pão com manteiga e me aconselhou a não fazer aquilo, então eu desisti”, conclui.

E outra oportunidade, Betão esteve diante da morte. Após roubar o relógio da filha de um policial, foi encontrado por dois policiais enquanto estava deitado nas ruas de Salvador, sob efeito de drogas. “Um policial mais novo puxou a arma e disse ‘vamô matar esse desgraçado agora! ’, mas o outro disse ‘rapaz, larga essa miséria ai, que isso ai não vale nem uma bala, ele vai morrer ai mesmo. Pelo menos esse crime você não leva nas costas”, relata.

Depois de todos os problemas pelos quais passou, o baiano resolveu seguir os conselhos de um amigo e procurou abrigo em uma igreja. No lugar, garante ele, teve um encontro com Jesus que mudou sua vida, fazendo-o passar sete meses em uma casa de recuperação até conseguir largar as drogas. Após passar por diversas cidades auxiliando no restabelecimento de outros viciados, Carlos Alberto chegou em São Paulo, para colaborar com os missionários da Cristolândia.

Para o africano Hideraldo Laval, de 36 anos, a entrada no mundo das drogas não se deu por conta de falta de estrutura familiar, e sim pelo choque de chegar em uma cidade das proporções de São Paulo vindo de outra bem menor.

Laval é natural de Bissau, capital de Guiné-Bissau, cidade que conta com pouco menos de 400 mil habitantes. Em 2009, o homem negro, alto, forte e de óculos tomou avião, tendo o Brasil como destino, para estudar direito na UNIP. Entretanto, o relacionamento com pessoas erradas fez com que perdesse o rumo.

“Conheci uma vez uma menina usuária de crack daqui do centro de São Paulo, que levou pedra de crack para minha casa e deixou lá. Eu não conhecia e fumei. Quando comecei a fumar, foi complicado. Primeiro fumava só em dias de final de semana, mas não aguentei e fumei em dias de semana”, relata.

A intensificação no uso da droga fez com que Hideraldo perdesse tudo: “Morava em uma casa de estudantes, mas quando comecei a fumar, comecei a levar mulheres para lá. Fazia barulho, não estudava, então, um dia eu cheguei e tinha um comunicado na porta de que eu tinha 10 dias para ficar. Então peguei algumas coisas que tinham sobrado, porque já tinha vendido meus materiais, e fui embora”, diz.

De lá, o estudante foi morar embaixo de uma ponte, mas seus pertences não duraram muito tempo, já que na manhã seguinte deu conta de que haviam roubado tudo que levava em uma mochila. Sem faculdade, sem moradia e sem seus pertences, o africano relata que catava lixo para sustentar o vício durante os nove meses que permaneceu nas ruas da capital.

“Às vezes passava uns 15 dias sem fumar, mas sempre voltava. Morava em um albergue e lá acabava pegando um cara como amigo e ele me levava para boca de fumo. Sempre a mesma história. Eu podia ficar uma semana sem fumar, mas voltava. No último desses nove meses, eu passei fumando direto”, lamenta.

Nesse período, o contato com os parentes, que estavam morando em Portugal, era raro. “As vezes ficava dois meses sem falar com minha família, às vezes somente depois de 90 dias. Quando ligava, era em momentos em que estava muito drogado e precisava da voz da minha mãe”, diz.

Apesar disso, Hideraldo ainda acreditava que poderia sair do vício sem auxílio. “Eu sempre achei que por mim mesmo eu conseguia parar, mas eu precisava de uma estrutura, por que o que mais me dificultava para parar era conviver com as pessoas em albergue que vão roubar. Era um lugar que eu não podia ficar. Então quando eu consegui essa estrutura eu fiquei bem”, avalia.

A estrutura que o africano cita é justamente a Cristolândia, onde foi procurar abrigo. De lá, foi encaminhado para uma casa de recuperação, onde permaneceu por 112 dias, antes de ser chamado de volta para auxiliar o projeto. 

Segundo ele, um dos fatores primordiais para sua entrada no mundo das drogas foi o deslumbramento de viver em uma metrópole.

“Eu saí de uma cidade muito pequena e cheguei numa cidade muito grande onde tudo é livre. Tem uma sensação de liberdade muito grande. A gente passa na rua e vê cara usando droga, vê cara se prostituindo, vê um monte de coisa, então tem uma sensação de liberdade que não tinha na minha cidade. Quando eu peguei no crack, eu não tinha esse conhecimento do tamanho de destruição que ele tem. Peguei como qualquer outra coisa, como uma cerveja que eu bebia. Por curiosidade”, explica.

Já a história de Lodemiro José Silva, de 37 anos, tem um contexto semelhante ao vivido pela maioria das pessoas que aderem as drogas: falta de estrutura familiar.

Nascido em Alfenas, em Minas Gerais, Lodemiro teve o primeiro contato com o álcool com apenas oito anos. Segundo ele, foi com essa idade que, em uma tentativa desesperada de se livrar do álcool que viciara sua mãe, consumiu todas as bebidas alcoólicas que tinha em casa. O plano não funcionou e a partir de então ambos passaram a beber.

Três anos depois, o mineiro começou a usar drogas. “A primeira vez que usei drogas foi com 11 anos. Aprendi com o pessoal da cidade onde comprar o clorofórmio e o éter para fazer a lança-perfume e então passei a usar”, recorda.

Depois veio o vício em maconha, seguido de demais entorpecentes, antes de perder a mãe, ainda com 13 anos. “Da maconha foi para a cocaína e da cocaína foi para o cogumelo, até chegar ao fundo do poço, que é o crack. Crack é a destruição. Fiquei 16 anos viciado nessa droga”, confidencia.

Lodemiro só veio a conhecer seu pai com 16 anos, mas a relação com o genitor, que era capitão da Policia Militar, não deu certo e no ano seguinte o jovem resolveu ir para São Paulo. No Estado paulista percorreu cidades como Santos, São Vicente e Campinas.

Na capital, Lodemiro aprofundou-se mais ainda no vício, chegou a ser preso e passou por 22 casas de recuperação, mas ainda assim acredita que teve sorte por nada pior ter acontecido, lembrando-se de um episódio em que uma tentativa frustrada de assalto fez com que disparassem diversas balas contra sua direção, sem conseguir atingi-lo. Além disso, ele ainda recorda que mesmo mantendo relações com diversas mulheres nas ruas, nunca foi contaminado com o vírus do HIV.

Das mais de 20 casas por onde o mineiro passou, a última, que tinha vincula com a Cristolândia, foi a responsável por seu restabelecimento, depois de um processo de oito meses.

Atualmente, Carlos Alberto pretende voltar para Salvador, onde deixou a esposa e o filho de 14 anos, para abrir uma casa de recuperação. Hideraldo já está a três anos “limpo” e está cursando Teologia. Seus planos são de retornar para Guiné-Bissau, como missionário, ao concluir o curso. Por fim, Lodemiro espera tornar-se um pastor e seguir usando suas experiências para tentar tirar outras pessoas das drogas.


Mesmo tendo origens e histórias distintas, os três homens tentam servir de inspiração para tantas outras pessoas que, como eles, perderam o rumo de suas vidas nas drogas. Hoje, eles tentam ser o oásis que um dia encontraram no meio do deserto. 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Em duvida entre NBA e Espanha, Lucas Bebê realiza sonho de conhecer Zico

Por Guilherme Uchoa

A nova sensação brasileira que possivelmente estará na próxima temporada da NBA, Lucas Bebê, realizou um sonho de criança ao conhecer Zico, um dos maiores craques da história do futebol nacional, na ultima quinta-feira (25), durante entrevista que realizava ao Esporte Interativo.
Lucas Bebê não escondeu a alegria ao conhecer Zico
Enquanto respondia uma pergunta feita pela jornalista Aline Nastari sobre sua admiração ao ex-meia do Flamengo e seleção brasileira, o pivô foi surpreendido com a chegada do “Galinho de Quintino” e, atônico, ficou praticamente sem palavras.
O atleta – que ainda depende de rescisão contratual com o seu atual clube, o espanhol Estudiantes de Madrid, para confirmar transferência para o Atlanta Hawks, da NBA – ainda recebeu uma camisa autografada do ídolo como presente antecipado de aniversário (Lucas Bebê completou 21 anos nesta sexta-feira), e retribuiu, presenteando Zico com uma camisa sua da seleção brasileira.
Durante a conversa, o eterno ídolo flamenguista ainda brincou com a diferença de altura entre os dois ao pedir que o pivô permanecesse sentado e, mais tarde, ao subir em uma cadeira para posar para fotos ao lado do jogador.
Sem o banquinho, Zico ficou bem abaixo de Bebê
Depois da troca de lembranças, Bebê destacou a emoção de conhecer o ex-jogador.  “Eu nunca imaginei conhecê-lo e, para mim, estar ao lado dele, é uma sensação incrível. Estou emocionado de coração”, disse.
Bebê, que é natural de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e torcedor do rubro-negro carioca, ainda usou as redes sociais para celebrar o encontro. “Hoje tive o privilégio de conhecer meu maior ídolo e o maior exemplo no esporte que eu posso ter. Obrigado Zico por tudo. Com certeza esse dia ficará marcado na minha vida”, afirmou.
Resta saber agora se o encontro servirá para inspirar o pivô em seus novos desafios na carreira, seja com a camisa do Atlanta Hawks, do Estudiantes de Madrid ou do Brasil.

Fotos: Esporte Interativo

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Com Kobe, nem o "Superman" tem espaço?

Por Guilherme Uchoa

Depois de concretizada sua transferência do Los Angeles Lakers para o Houston Rockets, o pivô Dwight Howard admitiu que sua relação com a principal estrela e um dos maiores nomes da história dos Lakers, Kobe Bryant, não era lá das melhores. 
A dupla com Kobe não decolou e Howard não agradou no Lakers
Mesmo não usando um tom agressivo e evitando polêmicas, o “ex-Superman” afirmou que não era fácil dividir o protagonismo em quadra com o astro.
“Era difícil jogar com o Kobe? Sim. Nos tínhamos nossas discordâncias. Todo mundo sabe que ele gosta de marcar pontos. Tinha vezes que discutíamos sobre ter a bola”, disse durante entrevista concedida à emissora norte-americana ESPN antes de contemporizar.
“Isso acontece como um time, mas meu foco não pode ser no Kobe. Eu não posso culpar ninguém pelo que fiz na quadra”, completou o jogador de 28 anos.
Quando perguntado se a presença de Phil Jackson poderia fazer com que rendesse mais em quadra, Howard não criticou o atual técnico Mike D’Antoni que, para parte da imprensa especializada norte americana, não soube armar o time de maneira que o pivô jogasse seu melhor, sendo um dos motivos para sua saída.
Apesar disso, o novo craque dos Rockets deixou clara sua preferência pelo antigo comandante da franquia. “Acho que ele – Phil Jackson – teria colocado o time na direção certa. Ele teria sido ótimo para mim e para minha carreira”, avaliou.
Já o ex-companheiro do camisa 12 em Los Angeles, Steve Nash, corroborou com a tese de que o pivô não estava a vontade no clube. “Acho que Dwight Howard estava desconfortável aqui. Não queria estar aqui, e se você não quer continuar em algum lugar, não tem motivo para continuar”, disse o canadense, que prosseguiu. “Acho que ele nunca encontrou apoio aqui em Los Angeles, nunca se sentiu em casa. Achava que ninguém o dava suporte”, finalizou.
De fato, dividir o protagonismo em uma equipe tão dependente de sua estrela solitária – como é o caso dos Lakers com Kobe – parece ser uma responsabilidade das maiores. Por vezes, Bryant aposta demais em seu alto nível técnico, tentando concluir sozinho jogadas em que poderia assistir algum companheiro.
Howard tenta evitar cesta de Harden, seu novo companheiro de time
Até mesmo por isso, a chegada de Nash havia sido muito comemorada pelos torcedores da franquia. Com um dos principais armadores da liga, era de se esperar que as jogadas fossem melhor distribuídas entre os atletas do elenco. Entre eles, Howard.
Agora vestindo a camisa vermelha e branca de Houston, o jogador vai ter que achar seu espaço em um elenco liderado por James Harden.
Dwight Howard chegou à Los Angeles vindo do Orlando Magic, ao lado do armador Steve Nash – este, vindo do Phoenix Suns. A contratação da dupla gerou muita expectativa em torno do que os Lakers poderiam render, já que em tese, Kobe teria companheiros de alto nível com quem pudesse dividir o peso de liderar o time.

Entretanto, as contratações não deram liga e os Lakers não decolaram na última temporada, sendo eliminados na 1ª rodada dos playoffs da conferência Oeste pelo San Antonio Spurs por 4×0. Com atuações abaixo da crítica, o “ex-Superman” decidiu não esperar nem ao menos mais um temporada, concretizando sua ida para Houston, em uma das principais negociações da atual pré-temporada do basquete norte-americano.
Agora, é esperar para ver se D12 vai dar as caras na nova casa, onde já teve o apelido adaptado para “Rocket Man”.

Fotos: Jared Wickerham/ Getty Images e Stephen Dunn/ Getty Images

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Para Boston, só os Drafts salvam

Por Guilherme Uchoa

Uma das franquias mais tradicionais e vitoriosas da NBA passa por um momento delicado de renovação de elenco para a próxima temporada. O Boston Celtics, principal vencedor da maior liga de basquete do mundo com 17 títulos, vê seus principais astros mudarem de ares.

Do elenco campeão da temporada 2007-08, o “desmanche” começou pelo banco: Doc Rivers, que liderou a equipe por nove anos, trocou Boston por Los Angeles e comandará os Clippers por pelo menos três temporadas.

Diante da saída de Rivers, Kevin Garnett e Paul Pierce, duas das principais estrelas dos Celtics, além de Jason Terry, também acertaram suas transferências para o Brooklyn Nets. Com isso, o time se desfaz de seu Big Three, composto por Garnett, Pierce e Ray Allen, que já havia deixado a franquia e rumado para o Miami Heat em 2012. Mais do que isso, do elenco que derrotou o arquirrival Los Angeles Lakers na série final em 2008, por 4 x 2, apenas o armador Rajon Rondo continua vestindo a camisa verde.

Pierce, Garnett e Terry serão comandados por Jason Kidd em Brooklyn

Para reconstruir seu elenco, o time de Massachusetts apostará nas futuras escolhas de draft. Em troca de Doc Rivers, o Boston Celtics receberá uma escolha de primeira rodada da seleção de 2015. Já pelo trio Garnett/Pierce/Terry, a franquia terá três escolhas de primeira rodada de drafts futuros, além de receber do time do Brooklyn os alas Gerald Wallace, MarShon Brooks, Keith Bogans, Kris Joseph e o ala-pivô Kris Humphries.

Iverson (E) e Olynyk são os reforços do Draft-13 de Boston 
Do Draft de 2013, Boston priorizou reforçar o garrafão, selecionando os pivôs Kelly Olynyk, da Universidade de Gonzaga, e Colton Iverson, de Colorado State.

Apesar de ter nos recrutamentos universitários uma das melhores oportunidades de reforçar seu elenco com qualidade, o General Manager dos Celtics, Danny Ainge, negou que franquia estivesse planejando fazer uma fraca temporada de 2013-14 para, consequentemente, ter prioridade de escolha no próximo Draft.

Classificando como “ridícula” a alternativa, Ainge garantiu que sua franquia não está se preservando, apesar de os Celtics já terem tomado essa atitude na temporada 1996-97 – quando venceu apenas 15 partidas para tentar selecionar o pivô Tim Duncan. A estratégia não funcionou e a equipe de Massachusetts acabou recrutando o armador Chauncey Billups.

Fotos: Mark L. Baer - USA Today Sports e Steven Senne/ AP

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Spurs tenta, mas não tira Bi de Miami

Por Guilherme Uchoa

O ex-jogador Bill Russell, de 79 anos, é presença garantida para os jogos de todas as séries finais da NBA, já que é dele a responsabilidade de entregar um troféu que leva seu nome para aquele jogador que for eleito o mais valioso das finais. Ele provavelmente já tinha em mente, enquanto assistia a sétima partida entre Miami Heat e San Antonio Spurs, realizada nesta quinta-feira (20), que o agraciado com o premio de 2013 seria o mesmo com quem se encontrara no ano anterior. 

LeBron James e as taças de MVP das finais e de campeão da NBA
LeBron James estava ensandecido, anotou 37 pontos, pegou 12 rebotes, e foi crucial para a vitória por 95 a 88 do seu Miami Heat, conquistando assim o seu bicampeonato seguido e o terceiro título da franquia de Flórida.   

Ao receber o troféu de MVP (jogador mais valioso, na sigla em inglês) das finais das mãos de Russell, James também repetiu a dobradinha título/MVP do ano passado e entrou para o seletíssimo hall de jogadores que conseguiram a façanha por pelo menos duas vezes consecutivas – o próprio Bill Russell, em três anos seguidos, e Michael Jordan em duas sequencias de três temporadas, integram o restrito grupo.

O jogo

O San Antonio Spurs bem que tentou, dificultou ao máximo a vida do Miami Heat e deu pinta em diversos momentos de que levantaria pela quinta vez na história de sua franquia a taça Larry O’Brian. Mas não teve jeito. Depois de uma série final marcada por muito equilíbrio, erros de Manu Ginobili e Tim Duncan em momentos decisivos facilitaram a vida dos comandados de Erik Spoelstra, e fizeram com que a franquia texana perdesse uma série final pela primeira vez em sua história. 

Após um jogo 6 recheado de emoções e que só foi definido na prorrogação, o Miami Heat não pode contar com seus heróis da partida anterior. Ray Allen – que anotou uma cesta de 3 imprescindível, que levou o sexto jogo para o tempo extra – e Chris Bosh,  que pegou rebotes e deus tocos fundamentas na mesma partida, ficaram zerados na noite desta quinta-feira.

James, Wade e Bosh, o Big 3 de Miami, celebram o bicampeonato 
Só que a inoperância desses coadjuvantes não fez falta para o torcedor que lotou a American Airlines Arena, já que LeBron James assumiu o controle do jogo e, ao lado de Dwyane Wade, foi responsável por 60 dos 95 pontos do time.

Pelo lado de San Antonio, o aspecto físico parece ter pesado contra. Tim Duncan mais uma vez liderou a equipe nas estatísticas (foi o cestinha de seu time com 24 pontos, além de 12 rebotes), mas falhou nos últimos minutos de partida ao perder uma cesta embaixo do aro que empataria o confronto. O erro abalou o pivô e seus companheiros, que voltaram irreconhecíveis e visivelmente derrotados depois do tempo técnico pedido.

Aos 37 anos, Duncan continua jogando em alto nível por conta de sua técnica refinada e perfeição de movimentos, mas mostra sinais de que seu corpo não esta bem e que já não é mais tão forte e vigoroso quanto em anos passados. Em função disso, o astro dos Spurs ver aumentar as especulações sobre sua possível aposentadoria, algo que foi muito questionado pela mídia especializada durante a realização da série final.

Duncan fez o que pode, mas não conseguiu a taça
Já o argentino Ginobili numericamente também não foi mal: 18 pontos e cinco assistências. Só que, a exemplo de seu companheiro, falhou por duas vezes nos minutos derradeiros, facilitando a conquista do rival.  O argentino também já havia deixado a desejar nas partidas anteriores e, não a toa, vinha sendo utilizado apenas como opção de banco por Gregg Popovich.

Para os fãs brasileiros do esporte da bola laranja, ficou a frustração por ver novamente um compatriota bater no aro. Assim como aconteceu com Anderson Varejão e seu Cleveland Cavaliers na temporada 2006/07, dessa vez foi o pivô Tiago Splitter que representou o Brasil na decisão do certame, sem obter sucesso.

Agora resta para a franquia texana saber se, mesmo envelhecida, ainda terá forças para brigar por mais títulos.

A única certeza para as próximas temporadas é de que Bill Russell certamente se encontrara com LeBron James em diversas oportunidades iguais as vividas na noite deste 20 de junho, no American Airlines Arena. 

Fotos: Reuters e Getty Images (Tim Duncan)

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Spurs Globalizado

Por Guilherme Uchoa

Empatando a série final da NBA e precisando vencer a última partida contra o Miami Heat para conquistar o quinto título da franquia, o San Antonio Spurs de Gregg Popovich pode entrar também para a história da liga como equipe campeã do século XXI com mais estrangeiros em seu elenco.

O "gringo" Tim Duncan esteve presente em todos os quatro títulos dos Spurs
Caso consiga derrotar os comandados de Erik Spoelstra na derradeira partida que será disputada na American Airlines Arena, casa dos Heats, na próxima quinta-feira (20), nove jogadores estrangeiros da equipe texana poderão colocar em seus dedos o anel de campeão.


Além do renomado trio Tim Duncan (nascido nas Ilhas Virgens), Manú Ginobili (natural de Buenos Aires, Argentina) e Tony Parker (francês), outros seis atletas do elenco de San Antonio são gringos: Aron Baynes e Patty Mills, da Austrália, Nando de Colo e Boris Diaw, da França, Cory Joseph, do Canadá, e o brasileiro Tiago Splitter.

Com isso, dos 15 integrantes que Popovich tem a disposição em seu elenco, 60% não são nascidos em solos americanos. A possível conquista da atual temporada faria com que os Spurs superassem suas próprias marcas de duas temporadas, quando foram campeões com seis atletas estrangeiros em seus cartéis.

Alguns deles, inclusive, já estão acostumados em conquistar títulos em San Antonio. O argentino Ginobili e o francês Parker já ganharam três anéis pelos Spurs, enquanto que Duncan esteve presente em todas as quatro conquistas da franquia.

Por outro lado, o atual campeão Miami Heat não segue a filosofia do rival e chega a sua terceira final consecutiva contando apenas com Joel Anthony, do vizinho Canadá, dentre seu elenco caseiro.

O argentino Ginobili durante jogo 6 das finais contra Miami
Mas o fato de contar com “mão de obra” estrangeira para montar seus principais times não é novidade para os torcedores dos Spurs. Das 12 temporadas de liga de basquete mais forte do mundo realizadas no século 21, San Antonio sempre contou com, no mínimo, quatro jogadores de fora. No primeiro título da franquia texana no século, na temporada 2002/03, o chinês Mengke Bateer somou-se ao Big 3 para bater o New Jersey Nets na decisão do certame.

Na temporada 2004/05, novamente ao lado do histórico trio, estavam os eslovenos Radoslav Nesterovic e Beno Udrih, além do neo zelandês Sean Marks. A decisão daquele ano foi contra o Detroit Pistons. Já em 2006/07, na marcante varrida por 4 a zero sobre o Cleveland Cavaliers, então time de LeBron James, Duncan, Ginobili e Parker estavam acompanhados do argentino Fabricio Oberto, o holandês Francisco Elson e outra vez de Beno Udrih.

Outras equipes também seguiram essa tendência e levantaram a taça mais almejada do esporte da bola laranja contando com grande participação de jogadores de outros países. Com maior destaque, o Dallas Marvericks da temporada 2010/11 que, liderado pelo alemão Dirk Nowitzki , ganhou o troféu Larry O’Brien contando ao todo com cinco jogadores de outras nacionalidades. O Los Angeles Lakers também precisou de ajuda de quatro estrangeiros (tendo o espanhol Pau Gasol maior destaque entre eles) para somar o título da temporada 2008/09 em sua extensa lista de conquistas.


O brasileiro Splitter completa a "legião" de nove estrangeiros dos Spurs
Dos 12 elencos campeões do século atual, somente dois contavam apenas com norte americanos em suas escretes: o Miami Heat de 2005/06 e o Boston Celtics de 2007/08.

É claro que não se trata de uma regra ter jogadores de outros países para formar uma franquia campeã, mas as estatísticas comprovam que aproveitar a era globalizada em que vivemos para buscar bons valores ao redor do mundo e construir verdadeiras legiões de estrangeiros na liga, tem ajudado em muito os times norte americanos em seus sonhos de atingir o topo da NBA.

Confira a listas de estrangeiros em cada um dos 12 campeões do século XXI:

Temporada 2011/12 - Miami Heat

- Joel Anthony (Canadá)

- Ronny Turiaf (França)

Temporada 10/11 - Dallas Marvericks

- José Juan Barea (Porto Rico)

- Rodrigue Beabois (França)

- Ian Mahinmi (França)

- Dirk Nowitzki (Alemanha)

- Peja Stojakovic (Servia)

Temporada 2009/10 - Los Angeles Lakers

- Pau Gasol (Espanha)

- D.J. Mbenga (Belgica)

- Sasha Vujacic (Eslovenia)

Temporada 2008/09 - Los Angeles Lakers

- Pau Gasol (Espanha)

- D.J. Mbenga (Belgica)

- Sasha Vujacic (Eslovenia)

- Sun Yue (China)

Temporada 2007/08 - Boston Celtics

Não havia estrangeiros no elenco

Temporada 2006/07 - San Antonio Spurs

- Tim Duncan (Ilhas Virgens)

- Francisco Elson (Holanda)

- Manu Ginóbili (Argentina)

- Fabricio Oberto (Argentina)

- Tony Parker (França)

- Beno Udrih (Eslovenia)

Temporada 2005/06 - Miami Heat 

Não havia estrangeiros no elenco

Temporada 2004/05 - San Antonio Spurs

- Tim Duncan (Ilhas Virgens)

- Manu Ginóbili (Argentina)

- Sean Marks (Nova Zelândia)

- Radoslav Nesterovic (Eslovênia)

- Tony Parker (França)

- Beno Udrih (Eslovênia)

Temporada 2003/04 - Dretroit Pistons

- Darko Milicic (Servia)

- Mehmet Okur (Turquia)

Temporada 2002/03 - San Antonio Spurs

- Tony Parker (França)

- Manú Ginobili (Argentina)

- Tim Duncan (Ilhas Virgens)

- Mengke Bateer (China)

Temporada 2001/02 - Los Angeles Lakers

- Slava Medvedenko (Ucrânia)

- Rick Fox (Canadá)

Temporada 2000/01 - Los Angeles Lakers

-Rick Fox (Canadá)

-Slava Medvedenko (Ucrânia)

Fotos: Brendan Smailowski/ AFP (Duncan) e Getty Images (Ginobili e Splitter)