O assunto já foi mais do que comentado e discutido na mídia, mas acredito que seja interessante destinar mais algumas linhas a este assunto.
Afinal, como deixar uma copa do mundo escapar de suas mãos? Talvez, sofrendo um gol no qual a bola não atravesse totalmente a linha fatal como ocorreu com a Alemanha em 1966. Talvez desperdiçando uma cobrança de pênalti como fez Roberto Baggio em 1994 contra o Brasil. Ou então desferindo uma cabeçada em seu oponente e,conseqüentemente, sendo expulso de uma final como fez Zidane em 2006.
Diversas formas de ser eliminado em um dos torneios mais importantes do mundo poderiam ser citadas, porém, não me recordo de nenhum jogador que tenha feito tanto esforço para que isso acontecesse como fez Felipe Melo.
Sua convocação já era muito contestada pelos brasileiros e sua presença entre os titulares era quase uma loucura de Dunga. Afinal de contas, será possível que, entre os 180 milhões de brasileiros, não exista um volante melhor qualificado para usar a camisa 5 da seleção?
De qualquer forma, no meio dos outros jogadores questionáveis da seleção (Josué, Kleberson, Julio Batista, Gilberto, etc.), Felipe Melo até parecia um jogador razoável. Porém, o que se viu em campo foi de dar inveja aos bons tempos do jogador Dunga. Felipe Melo foi um jogador violento, desleal, previsível e uma tragédia mais do que anunciada aproximava-se.
Sendo assim, para o técnico Dunga, uma bomba estava preste a explodir. E realmente explodiu; e plenas quartas de final contra a poderosa Holanda.
Antes disso, por incrível que pareça, F. Melo deu uma assistência genial para Robinho abrir o contador, em um passe em profundidade a lá Zico (as comparações limitam-se apenas a este passe).
Mas a catástrofe ainda iria começar.
A primeira etapa desta catástrofe foi o gol contra. Todos sabem que a grande área é o local onde o goleiro da equipe deve se impor. É o momento em que ele aparece, mais alto do que os outros 21 jogadores, e domina a bola com segurança para então afastar o perigo de sua área. Mas não deve ser muito fácil fazer isso quando se tem um Felipe Melo trombando com você e desviando a sua bola para dentro de sua própria rede. 1 a 1 no placar.
O jogo segue e o Brasil fica nervoso em campo, erra coisas simples que não errava antes e passa a clara mensagem para a Holanda que o caminho para a virada seria nos cruzamentos. E é em mais um cruzamento no qual Felipe Melo nos passa sua segunda etapa dos ensinamentos. A falha de marcação.
Essa etapa é bem mais simples do que a anterior, basta você ficar parado, ou seja, não fazer absolutamente nada do que seria esperado por você em um escanteio. Afinal de contas você é o volante da equipe e, ao invés de marcar o oponente, você “esquece” dessa função básica e deixa que um jogador de 1 metro e 70 cabecear a bola totalmente livre para dentro de seu gol. 2 a 1 no placar.
Depois disso, aquele Brasil nervoso em campo visto anteriormente parecia até um time calmo e tranquilo comparado com o que se viu na sequencia. Mas, Felipe Melo estava calmo, afinal de contas, ele não tinha terminado seu serviço.
Sendo assim, chegamos a terceira e última etapa do processo. A expulsão.
Quando o seu time pensa que você não tem mais nenhuma “burrada” para fazer, eis que você pisa no principal jogador adversário e é mandado embora do “combate”. Com essa atitude, você sela de vez o destino de sua seleção e impossibilita qualquer tipo de reação que poderia acontecer.
Com essas três etapas, você é capaz de eliminar as melhores seleções de uma copa do mundo e entrar para a história na seleta lista dos vilões brasileiros, dividindo espaço com Ghiggia, Paolo Rossi, Zinedine Zidane e Thierry Henry.
Bom para o técnico Dunga, que agora pode dividir essa titulo de vilão com outra pessoa.
Cinco palavras pro texto:
ResponderExcluirDireto, criativo, bom gosto, sagaz!
Continue!!
Beijos, Manu.
"Bom para o técnico Dunga, que agora pode dividir essa titulo de vilão com outra pessoa."
ResponderExcluirda hr uchoa,
ResponderExcluirbem melhor q os blogs dos caras do sportv ;]